Perfil de Atitudes acerca da Morte e Nível de Resiliência em Técnicos de Enfermagem em Terapia Intensiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2021v7n1p77-86

Palavras-chave:

Resiliência Psicológica, Atitude Frente à Morte, Cuidados Críticos, Unidade de Terapia Intensiva, Técnicos de Enfermagem.

Resumo

Objetivo: identificar os níveis de Resiliência e o Perfil de Atitudes Acerca da Morte (EAPAM) apresentados por técnicos de enfermagem de uma unidade de terapia intensiva (UTI). Método: Trata-se de uma pesquisa tipo exploratório e transversal, com abordagem quantitativa, desenvolvida a partir da aplicação da Escala ER (Escala de Resiliência) e  escala EAPAM (Escala de Avaliação do Perfil de Atitudes Acerca da Morte), ambas autoaplicáveis com respostas do tipo “likert” para técnicos de enfermagem de um hospital federal do Rio Grande do Sul. As variáveis foram descritas por média e desvio padrão. Na análise estatística, para comparação de médias utilizou-se o teste t-student, complementada por Tukey e teste qui-quadrado para comparação de proporções.  Para avaliar a associação entre as variáveis contínuas e ordinais, os coeficientes de correlação de Pearson e Spearman foram utilizados, respectivamente.  Resultados: Identificou-se que 74% dos técnicos de enfermagem mostram-se resilientes e a Atitude Acerca da Morte mais frequente foi a Aceitação Neutral (87%). Evidenciou-se relação significativa entre a presença de resiliência e atitude de Aceitação Neutral (r=a,298; p=0,004). Conclusão: os dados obtidos permitem vislumbrar fragilidades e potencialidades a serem trabalhadas com a equipe visando seu bem-estar. Como limitação, apontamos à necessidade de estender a avaliação aos demais membros da equipe multiprofissional.

Biografia do Autor

Silvia de Fátima Ferraboli, Enfermeira do Grupo Hospitalar Conceição.

Enfermeira. Especialista em Paciente Crítico pela Programa de Residência Integrada do Grupo Hospitalar Conceição.

Alexander de Quadros, FACULDADES INTEGRADAS DE TAQUARA

Enfermeiro, Mestre em Educação PUC/RS, Professor das Faculdades Integradas de Taquara / FACCAT. Especilaista em Terapia Intensiva e Seguranca do Paciente.

Morgana Thaís Carollo Fernandes

Enfermeira. Doutora em Saúde da Criança pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS.

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Publicado

2021-06-29

Como Citar

Ferraboli, S. de F., Quadros, A. de, & Fernandes, M. T. C. (2021). Perfil de Atitudes acerca da Morte e Nível de Resiliência em Técnicos de Enfermagem em Terapia Intensiva. aúde m edes, 7(1), 77–86. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2021v7n1p77-86

Edição

Seção

Artigos Originais