Reflexão sobre gênero na produção científica brasileira de saúde

Autores

  • Gláucia de Fátima Batista Secretaria Municipal de Saúde BH
  • Eliane de Freitas Drumond Secretaria Municipal de Saúde BH
  • Maria do Carmo Fonseca Profª. aposentada do CEDEPLAR na UFMG
  • Celina Maria Modena Professora na Fiocruz Minas CPqRR

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n1p85-94

Palavras-chave:

Gênero e saúde, Desigualdades em saúde, Integralidade em saúde, Direito à saúde

Resumo

O objetivo foi refletir sobre os entendimentos de gênero usados na produção científica brasileira de saúde. Estudo de bordagem qualitativa na perspectiva das teorias de gênero através da busca em janeiro de 2014 de artigos com o descritor gênero e saúde publicados no período 2009-2013 na base de dados SciELO por agregar significativa produção brasileira de saúde. Dos 71 artigos identificados selecionaram-se 41 que atenderam aos critérios de inclusão. A análise dos artigos permitiu identificar três entendimentos de gênero: gênero como sinônimo de sexo (n=13); gênero como descrição das diferenças entre os sexos (n=9); gênero como assimetria de poder (n=19). A maioria dos artigos não considerou a assimetria de poder e sua influencia na saúde das pessoas. A análise realizada permitiu identificar lacunas relacionadas à compreensão dos aspectos associados a gênero e saúde e os possíveis efeitos dos entendimentos de gênero sobre a saúde de homens e mulheres.

Biografia do Autor

Gláucia de Fátima Batista, Secretaria Municipal de Saúde BH

Assistente Social, ex-gerente de Centro de Saúde, Mestre em Ciências da Saúde pelo CPqRR

Eliane de Freitas Drumond, Secretaria Municipal de Saúde BH

Médica Pediatra, Secretaria Municipal de Saúde, doutora em Saúde Pública/Epidemiologia pela UFMG

Maria do Carmo Fonseca, Profª. aposentada do CEDEPLAR na UFMG

Socióloga,  Profª. aposentada do CEDEPLAR na UFMG, doutora em Demografia Social 

Celina Maria Modena, Professora na Fiocruz Minas CPqRR

 Psicóloga, professora do CPqRR, Pós-Doutora em Saúde Coletiva pela Fiocruz-MG

Referências

Bireme. Centro Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde. DeCS - Descritores em Ciências da Saúde. [citado 30 jan 2016]. São Paulo: Bireme. Disponível em: http://decs.bvs.br/P/decsweb2016.htm

Scott JW. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Educ & Realidade. Porto Alegre: jul./dez. 1995:20(2): 71-99. https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/1210/scott_gender2.pdf?sequence=13.3.Butler J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 3a. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.

Araújo MF, Schraiber LB, Cohen DD. Penetração da perspectiva de gênero e análise crítica do desenvolvimento do conceito na produção científica da Saúde Coletiva. Interface (Botucatu).2011[30 jan 2014];15(38):805-18.Disponívelem:http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832011005000039

Barata RB. Relação de gênero e saúde: desigualdade ou discriminação? In: Barata RB. Como e por que as desigualdades sociais fazem mal à saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2012. p. 73-94.

Schraiber LB. Necessidades de saúde, políticas públicas e gênero: uma perspectiva das práticas profissionais. Cien Saúde Coletiva.out 2012[acesso em jan 2014];17(10): 2635-44. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012001000013

Scott-Samuel, A. Patriarchy, masculinities and health inequalities. Gac Sanit.mar abr 2009[acesso jan 2014]; 23(2):159-0.Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0213911109001307doi:10.1016/j.gaceta.2008.11.007

Olinto MTA. Reflexões sobre o uso do conceito de gênero e/ou sexo na epidemiologia: um exemplo nos modelos hierarquizados de análise. Rev Bras Epidemiol.ago 1998 [ acesso 05 dez 2016 ];1(2):161-69. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X1998000200006

Colomer Revuelta C. El sexo de los indicadores y el género de las desigualdades. Rev Esp Salud Publica. Abr 2007 [3 de janeiro 2014]; 81(2):91-3.http://dx.doi.org/10.1590/S1135-57272007000200001

Borrell C, Artazcoz L. Las desigualdades de género en salud: retos para el futuro. Rev Esp Salud Publica. 2008 June [10 jan 2014];82(3):241-9. http://dx.doi.org/10.1590/S1135-57272008000300001

Stolke, V. La mujer es puro cuento: la cultura del género. Estudos Feministas,2004,[12 jan 2014]12(2),p.77. https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/S0104-026X2004000200005/7862

Radl Philipp R. Derechos humanos y género. Cad CEDES Campinas, 30 (81):135-55. mai.-ago. 2010[12 jan 2014] Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-32622010000200002

Schraiber LB, Latorre MRDO, França Júnior I, Segri NJ, D’Oliveira AFPL. Validade do Instrumento WHO VAW STUDY para estimar violência de gênero contra a mulher. Rev Saúde Pública.2010,44(4):658-66.[12 jan 2014]http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102010000400009

Souto CMRM, Braga VAB. Vivências da vida conjugal: posicionamento das mulheres. Rev Bras Enferm. Out 2009[30 jan 2014];62(5): 670-4. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672009000500003

Mesquita Filho M, Eufrásio C, Batista MA. Estereótipos de gênero e sexismo ambivalente em adolescentes masculinos de 12 a 16 anos. Saúde Soc.2011 set [30 jan 2014];20(3):554-67. http://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/29741/0

Downloads

Publicado

2018-06-22

Como Citar

Batista, G. de F., Drumond, E. de F., Fonseca, M. do C., & Modena, C. M. (2018). Reflexão sobre gênero na produção científica brasileira de saúde. aúde m edes, 4(1), 85–94. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n1p85-94

Edição

Seção

Artigos Originais