“É UMA DOR QUE NÃO TEM EXPLICAÇÃO, É A VIDA DA GENTE QUE ELES TIRAM”: narrativas de mulheres na resistência pelo seu direito à maternidade em Belo Horizonte - MG
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n1suplemp129-139Palavras-chave:
Direitos Humanos, Gênero e saúde, Adoção, Poder familiarResumo
O presente texto tem como objetivo relatar narrativas de mulheres na resistência pelo seu direito à maternidade em Belo Horizonte. Metodologia Estudo exploratório descritivo na perspectiva de gênero através de relatos de narrativas de mães em situação socialmente vulneravei. Resultados Regulações levaram gestantes a se afastarem dos serviços de saúde. Mães em situação de vulnerabilidade social saíram das maternidades sem os seus recém-nascidos tornando-se visível no parto com sentença de incapacidade por servidores do Estado e responderam com estratégias de resistência. Considerações finais Profissionais de saúde exigiram a sua tutela, desconsiderando a igualdade de direitos, a figura paterna e a diversidade familiar. Recomenda-se que o abrigamento compulsório não se torne política pública, pois será o fracasso das políticas sociais. Deve-se garantir rede de ajuda como moradia, educação, trabalho e suporte às mulheres na garantia de direitos fundamentais, autonomia e convivência mãe recém-nascido na comunidade de origem como direito humano.Olhar reducionista de servidores que retiraram dessas pessoas o direito à maternidade e paternidade, enquanto oportunidade de reconstrução de suas trajetórias de vida devem ser revistos.Referências
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