Educação popular e educação permanente em saúde: diálogos na formação de Agentes Comunitários de Saúde de um município do interior do Ceará
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n1p173-182Resumo
A construção da formação em saúde se dá em meio a paradigmas e linhas de fuga, na medida em que visualizamos um modelo hegemônico de formação em contato com uma diversidade de mecanismos de subversão dessa hegemonia, produzindo alto grau de singularidade com múltiplos modos de aprender e ensinar. Constitui objetivo do trabalho relatar a experiência de edificação de um Círculo de Cultura por parte do autor e dos Agentes Comunitários de Saúde de um município do interior do Ceará, utilizando os alicerces da pedagogia do oprimido em um processo de educação permanente em saúde. Realizou-se no município serrano de Pacoti. A experiência contou com a participação de 23 profissionais, todos os Agentes Comunitários de Saúde atuantes naquele período no município em questão. A experiência foi vivenciada no período de agosto a dezembro de 2015. A experiência do Círculo de Cultura, após o período de imersão foi dividida em duas etapas, sendo elas: (1) O Encontro Inicial e (2) as Oficinas de Formação. Experiências como as aqui descritas atuam de modo a questionar instituídos. Apresentamos a experiência de diálogo entre Educação Popular e Educação Permanente como alternativa pedagógica para as ações de formação em saúde dos profissionais Agentes Comunitários de Saúde, agregando potencialidades do cotidiano dos serviços de saúde no intuito de avançar no sentido de um cuidado de qualidade, implicado com a realidade social dos educandos e dos usuários do sistema de saúde. Palavras-chave: Educação permanente, Educação popular, Agentes comunitários de saúde.Referências
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