Saúde e migração em Roraima: rede social migratória e impactos psicossociais na vida do migrante venezuelano enquanto trabalhador informal

Autores

  • Lediane Nátilli Bento da Silva Universidade Federal de Roraima https://orcid.org/0000-0002-9450-5995
  • Fabrício Barreto Universidade Federal de Roraima
  • Tarcia Millene Almeida Costa Barreto Universidade Federal de Roraima

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2020v6n3p207-221

Palavras-chave:

Migração Laboral, Venezuela, Bem-estar social, Mal-estar, Adaptação

Resumo

Objetivo geral: caracterizar as condições do trabalho informal e seus impactos psicossociais na vida do migrante venezuelano. Métodos: trata-­se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa e etnográfica. Resultados: A partir do levantamento sociodemográfico e da situação laboral, constatou­-se a predominância de indivíduos jovens, exercendo atividade de vendedor ambulante no país de destino. A partir dos relatos, quanto a constituição da rede social migratória, apurou-­se a participação familiar. Identificou-­se ainda o sentimento de bem-­estar e conformidade ao trabalhar no Brasil. Conclusão: a procura por trabalho tem sido um dos maiores motivos para se efetuar a travessia de fronteiras. Todavia, as escassas oportunidades de emprego induzem o migrante ao trabalho informal.

Biografia do Autor

Lediane Nátilli Bento da Silva, Universidade Federal de Roraima

Acadêmica de enfermagem da Universidade Federal de Roraima

Fabrício Barreto, Universidade Federal de Roraima

Enfermeiro, professor do curso de enfermagem da UFRR, mestre em ciências da saúde, doutorando em ciências ambientais

Tarcia Millene Almeida Costa Barreto, Universidade Federal de Roraima

Enfermeira, professora do curso de enfermagem da UFRR, mestre em ciências da saúde, doutoranda em ciências ambientais

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[acessado em: 19/09/2019]

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Publicado

2021-04-30

Como Citar

Bento da Silva, L. N., Barreto, F., & Barreto, T. M. A. C. (2021). Saúde e migração em Roraima: rede social migratória e impactos psicossociais na vida do migrante venezuelano enquanto trabalhador informal. aúde m edes, 6(3), 207–221. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2020v6n3p207-221

Edição

Seção

Artigos Originais