Amamentação na primeira hora de vida em uma maternidade de referência de Macaé

Autores

  • Hugo Demesio Maia Torquato Paredes Universidade Federal do Rio de Janeiro - Campus UFRJ Macaé
  • Juliana Silva Pontes Universidade Federal do Rio de Janeiro - Campus UFRJ Macaé
  • Camilla Medeiros Macedo da Rocha Universidade Federal do Rio de Janeiro - Campus UFRJ Macaé
  • Maria Fernanda Larcher de Almeida Universidade Federal do Rio de Janeiro - Campus UFRJ Macaé
  • Silvia Pereira Universidade Federal Fluminense - Niterói/RJ
  • Alexandra da Silva Anastácio Universidade Federal Fluminense - Niterói/RJ
  • Jane de Carlos Santana Capelli Universidade Federal do Rio de Janeiro - Campus UFRJ Macaé

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2019v5n1p35-47

Palavras-chave:

Aleitamento Materno, Período Pós-Parto, Saúde da Mulher

Resumo

Objetivos: Identificar a prevalência da amamentação na primeira hora pós-parto e fatores associados em uma maternidade de referência de Macaé. Métodos: Um estudo transversal foi conduzido com 113 puérperas e neonatos. Os dados foram obtidos entre agosto e dezembro de 2014, por meio de questionários para entrevistas, caderneta da gestante e prontuários médicos. O modelo de Poisson foi ajustado para análise da prevalência da amamentação na primeira hora de acordo com as variáveis de exposição. Resultados: A prevalência da amamentação na primeira hora foi de 75,2%. Não foi encontrada associação estatisticamente significativa entre o tipo de parto e amamentação na primeira hora (p-valor=0,418). Detectou-se associação estatisticamente significativa entre o baixo peso e a não amamentação na primeira hora pós-parto, mesmo após ajuste (p-valor=0,002). Conclusões: A maioria dos recém-nascidos foi amamentada na primeira hora de vida, o que é um bom resultado, segundo preconizado pelo Ministério da Saúde. Não houve associação estatisticamente significativa entre o tipo de parto e amamentação na primeira hora de vida. Detectou-se que recém-nascidos com baixo peso apresentaram risco cinco vezes maior de não serem amamentados na primeira hora de vida em relação àqueles que nasceram com peso adequado.

Biografia do Autor

Hugo Demesio Maia Torquato Paredes, Universidade Federal do Rio de Janeiro - Campus UFRJ Macaé

Enfermeiro formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ - Campus Macaé. Mestrando em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ.

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015.

_______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – 1. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

Edmond KM. Delayed Breastfeeding Initiation Increases Risk of Neonatal Mortality. Pediatrics. 2006;117:380-386.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

______. Iniciativa Hospital Amigo da Criança: revista, atualizada e ampliada para o cuidado integrado: módulo 4: autoavaliação e monitoramento do hospital / Fundo das Nações Unidas para a Infância, Organização Mundial da Saúde. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010.

Esteves TMB, Daumas RP, Oliveira MIC, Andrade CAF, Leite IC. Fatores associados à amamentação na primeira hora de vida: revisão sistemática. Rev. Saúde Pública, São Paulo.2014;48(4):697-708.

______. Ministério da Saúde. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher. Brasília; 2008. p.244-6.

Oddy WH. Aleitamento materno na primeira hora de vida protege contra mortalidade neonatal. J Pediatria. 2013; 89(2):109-111.

Oliveira RR, Melo EC, Novaes ES, Ferracioli PLRV, Mathias TAF. Factors associated to caesarean delivery in public and private health care systems. Rev Esc Enferm USP. 2016;50(5):733-740.

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Macaé. Rio de Janeiro. Cidades [Internet]. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2016. [Acesso 06 Nov. 2017]. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil. php?codmun=330240. 17. Brasil.

______. Departamento de Informática do SUS – DATASUS/Estatísticas Vitais. Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC, 2014. [Acesso 10 Abr. 2018]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinasc/cnv/nvrj.def

Puffer RR, Serrano C. Patterns of b irth weight. PAHO Scientific Publication nº 504, Washington, DC: PAHO, 1987.

World Health Organization, 10 Facts on Breastfeeding, Julho, 2012. [Acesso 10 Jan. 2018]. Disponível em: http://www.who.int/features/factfiles/breastfeeding/en/.

Resolution WHA65.6. Comprehensive implementation plan on maternal, infant and young child nutrition. In: Sixty-fifth World Health Assembly Geneva, 21–26 May 2012. Resolutions and decisions, annexes. Geneva: World Health Organization; 2012:12–13 [Acesso 18 Mai. 2018]. Disponível em: http://www.who.int/nutrition/topics/WHA65.6_resolution_en.pdf?ua=1.

Boccolini CS, Carvalho ML, Oliveira MIC, Pérez-Escamilla, R. A amamentação na primeira hora de vida e mortalidade neonatal. J. Pediatr. 2013; 89(2):131-136.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: política nacional de humanização: documento base para gestores e trabalhadores do SUS / Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. – 2. Ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 51 p.: il. Color. – (Série B. Textos Básicos de Saúde).

Silva MB, Albernaz EP, Mascarenhas MLW, Silveira RB. Influência do apoio à amamentação sobre o aleitamento materno exclusivo dos bebês no primeiro mês de vida e nascidos na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant. 2008;8(3):275-284.

Vieira TO, Vieira GO, Giugliani ER, Martins CC, Silva LR. Determinants of breastfeeding initiation within the first hour of life in a Brazilian population: cross-sectional study. BMC Public Health, 2010;10:760.

Pereira CRVR, Fonseca, VM, Oliveira, MIC, Souza IEO, Mello RR. Avaliação de fatores que interferem na amamentação na primeira hora de vida. Rev Bras Epidemiol. 2013;16(2):525-34.

Adami FS, Valandro NA, Dal Bosco SM. The relation among breastfeeding with the childs weight at birth. BJSCR. 2014;7(3):05-10.

Souza JM, Cancelier LC. Prevalência do aleitamento materno exclusivo na primeira semana de vida em um Hospital Amigo da Criança. Arquivos Catarinenses de Medicina. 2008;37(2).

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal/ Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009.

Lauer JÁ, Betrán AP, Barro AJD, Onís M. Deaths and years of life lost due to suboptimal breastfeeding among children in the developing world: a global ecological risk assessment. Publ. Health Nutr. 2006;9(6):673-685.

Almeida JM, Luz, SAB, Ued FV. Apoio ao aleitamento materno pelos profissionais de saúde: revisão integrativa da literatura. Rev Paul Pediatr. 2015;33(3):355-362.

Boccolini CS, Carvalho ML, Oliveira MIC, Vasconcelos AGG. Fatores associados à amamentação na primeira hora de vida. Rev. Saúde Pública. 2011;45(1):69-78.

Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS. Microdados do Sistema Informação sobre Nascidos Vivos. Brasília, DF; 2014.

Guimarães RM, Silva RLPD, Dutra VGP, Andrade PG, Pereira, ACR, Jomar RT, Freire RP. Fatores associados ao tipo de parto em hospitais públicos e privados no Brasil. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant. 2017;17(3):571-580.

World Health Organization. Appropriate technology for birth. Lancet. 1985;2(8452):436-7.

Betrán AP, Ye J, Moller AB, Zhang J, Gülmezoglu AM, Torloni MR. The increasing trend in caesarean section rates: global, regional and national estimates: 1990-2014. PLoS One. 2016;11(2):e0148343.

Downloads

Publicado

2019-09-06

Como Citar

Paredes, H. D. M. T., Pontes, J. S., da Rocha, C. M. M., de Almeida, M. F. L., Pereira, S., Anastácio, A. da S., & Capelli, J. de C. S. (2019). Amamentação na primeira hora de vida em uma maternidade de referência de Macaé. aúde m edes, 5(1), 35–47. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2019v5n1p35-47

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)