Mapas Falantes como Recurso Metodológico: a Pesquisa em Saúde num Território Amazônico
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2022v8n2p257-274Palavras-chave:
pesquisa participativa baseada na comunidade, território sociocultural, saúde coletiva, AmazôniaResumo
Objetivos: Descrever a construção dos mapas falantes como metodologia de pesquisa em saúde em um município do Estado do Amazonas. Os mapas falantes vêm da compreensão de território como espaço do cotidiano, vivo, pulsante e dinâmico, onde as pessoas conduzem as suas vidas. Métodos: Este artigo refere-se à uma das fases em que foram produzidos os dados qualitativos de uma pesquisa mais abrangente. Trata-se de um estudo descritivo, a partir de uma abordagem participativa na pesquisa em saúde, tendo como instrumento os mapas falantes. Participaram os gestores e trabalhadores de saúde do município de Tefé/AM. Os mapas falantes foram desenhados pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) das Equipes de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR) e Equipe de Saúde da Família Fluvial (eSFF), que atuam nas 5 áreas de saúde ribeirinha de Tefé. Os mapas tinham como tema os fluxos da população ribeirinha no acesso aos serviços de Urgência e Emergência deste município. Resultados: Foram analisadas as etapas de produção dos mapas falantes como banzeiros (movimentos): apresentação da metodologia; o encontro para aplicação prática dos mapas falantes; a construção; as narrativas pela perspectiva de um território diferenciado e dinâmico. Conclusões: Os registros destas etapas apontam para a importância deste tipo de abordagem de fato acontecer COM a participação das pessoas que usam e vivem o território, apresentando um território líquido numa Amazônia ribeirinha.Referências
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