EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA AVALIAÇÃO EM SAÚDE: UMA APOSTA NA ARTE DO ENCONTRO

Autores

  • Marcela Silva da Cunha Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ/Pará)
  • Eric Campos Alvarenga Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ/Pará)

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n1p75-84

Palavras-chave:

Educação Permanente, Avaliação em Saúde, Atenção Básica

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar a vivência de tutoria no Curso de Especialização em Avaliação de Serviços em Saúde, discutindo a Educação Permanente e sua relação com a Avaliação. O curso teve início em conjunto com a avaliação externa do 2º Ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ) a partir de janeiro de 2014 no estado do Pará. Os tutores e tutoras da especialização também coordenavam equipes de profissionais que coletavam dados referentes às equipes de saúde da família do estado. Foram criados espaços para discutir aspectos decorrentes do processo de avaliação e estranhamentos provocados pelo cotidiano de trabalho. A organização do trabalho era, desse modo, compartilhada e discutida pelas equipes de coletadores. O curso de especialização mostrou-se rico em trocas de experiências com alunos de diversos estados, porém com poucos espaços de participação ativa de discentes na construção do curso. Uma cultura de avaliação de serviços de saúde está sendo germinada pelo PMAQ por meio de mudanças de comportamento impulsionadas que podem viabilizar melhores resultados na saúde da população. Desta forma, a experiência de avaliação precisa ser entendida como um processo social e político de transformação.

Biografia do Autor

Marcela Silva da Cunha, Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ/Pará)

Mestre em Saúde Pública. Subárea Planejamento e Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela Escola Nacional de Saúde Publica (ENSP/FIOCRUZ). Especialista em Avaliação de Serviços em Saúde com ênfase em Educação Permanente pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Especialista em Formação Integrada Multiprofissional em Educação Permanente em Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e graduada em Psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Tem experiência em docência, pesquisa e gestão nas área de Saúde Coletiva, Saúde da Família / Atenção Básica e Planejamento em Saúde.

Eric Campos Alvarenga, Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ/Pará)

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Pará (2009). Mestrado em Psicologia pela UFPA (2009) e, atualmente, é doutorando do Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFPA. Trabalha como supervisor master do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), projeto do Ministério da Saúde e é coordenador do Grupo de Estudos em Saúde na Amazônia. Tem atuado lecionando e fazendo pesquisas nas áreas de Psicologia do Trabalho, Saúde do Trabalhador e Saúde Coletiva.

Referências

Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2009.

Ceccim RB. Educação Permanente em saúde: desafio ambicioso e necessário. Interface – comunicação, saúde, educação. 2005;9(16):161-177.

Merhy EE. O desafio que a educação permanente tem em si: a pedagogia da implicação. Interface – comunicação, saúde, educação. 2005;9(16):161-177.

Rovere M. Comentários estimulados por la leitura del artículo “educação permanente em saúde: desafio ambicioso e necessário”. Interface – comunicação, saúde, educação. 2005;9(16):161-177.

Ceccim RB, Feuerwerker LCM. O Quadrilátero da Formação para a Área da Saúde: Ensino, Gestão, Atenção e Controle Social. Physis: Revista de Saúde Coletiva. 2004; 14(1): 41- 65.

Guatarri F. Caosmose: um novo paradigma estético. São Paulo: Editora 34; 1992.

Merhy, EE. Saúde: Cartografia do trabalho vivo. São Paulo: Hucitec; 2007.

Novaes, HMD. Avaliação de programas, serviços e tecnologias em saúde. Ciência e Saúde Coletiva. Revista de Saúde Pública. 2000;34(5):547-59.

Silvia, LMV, Formigli VLA. Avaliação em Saúde: Limites e Perspectivas. Cadernos de Saúde Pública. 1994;10(1):80-91.

Donabedian, A. Basic approaches to assessment: structure, process and outcome. The definition of quality and approaches to its assessment: explorations in quality assessment and monitoring. 1980; 1:77-128.

Downloads

Publicado

2018-06-22

Como Citar

da Cunha, M. S., & Alvarenga, E. C. (2018). EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA AVALIAÇÃO EM SAÚDE: UMA APOSTA NA ARTE DO ENCONTRO. aúde m edes, 4(1), 75–84. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n1p75-84

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.